De acordo com o advogado Bruno Garcia Redondo, a Ação Popular é uma ferramenta essencial do direito administrativo que permite aos cidadãos contestar atos administrativos lesivos ao patrimônio público. Com o intuito de proteger bens, valores e interesses da coletividade, essa ação proporciona a qualquer indivíduo a possibilidade de buscar a anulação de atos ilegais ou prejudiciais ao interesse público.
Neste artigo, exploraremos como a Ação Popular pode ser utilizada para proteger o patrimônio público, elucidando seu funcionamento e sua importância no ordenamento jurídico.
O que é a Ação Popular e qual sua finalidade?
A Ação Popular, prevista no artigo 5º, inciso LXXIII, da Constituição Federal, permite que qualquer cidadão questione a legalidade de atos administrativos que prejudiquem o patrimônio público. Seu objetivo principal é proteger os interesses da coletividade, possibilitando que a sociedade civil atue na fiscalização do poder público. Portanto, não é necessário comprovar interesse individual, apenas que o ato lesivo afete o bem-estar coletivo.
A Ação Popular busca garantir o controle da administração pública e promover a responsabilização de autoridades que agem em desacordo com a lei. Bruno Garcia Redondo explica que ao ser utilizada corretamente, a ação assegura que recursos e bens públicos sejam destinados de maneira eficiente e transparente, evitando o uso indevido de recursos financeiros e outros bens da União, Estados e Municípios. Essa ferramenta jurídica, portanto, é uma forma de empoderamento do cidadão na proteção do patrimônio público.

Quais são os requisitos para ajuizar uma Ação Popular?
Para que a Ação Popular seja válida, é necessário que o ato questionado tenha sido praticado por uma autoridade pública e que esse ato tenha causado lesão ao patrimônio público. O único requisito substancial é que o cidadão tenha a convicção de que o ato é ilegal, imoral ou contrário ao interesse público, sem precisar demonstrar prejuízo direto a si próprio. Além disso, a ação deve ser proposta com rapidez, pois a Constituição determina que o prazo para ajuizamento seja de 5 anos após a prática do ato.
Bruno Garcia Redondo ainda pontua que qualquer pessoa maior de idade e com plena capacidade civil pode ajuizar uma Ação Popular, sem a necessidade de vínculo direto com o ato ou de ser afetada pessoalmente. Essa possibilidade garante um controle democrático sobre a administração pública, permitindo que qualquer cidadão, em defesa do bem coletivo, solicite a anulação de atos administrativos que prejudiquem o patrimônio público, mesmo sem sofrer danos diretos.
Quais são os efeitos da Ação Popular na proteção do patrimônio público?
Quando a Ação Popular é julgada procedente, o ato administrativo considerado ilegal é anulado e, se necessário, o responsável pode ser responsabilizado. Essa medida é crucial para evitar o desvio ou mau uso de recursos públicos, promovendo a transparência e a boa governança. Além disso, Bruno Garcia Redondo ainda ressalta que a decisão serve como um alerta para gestores públicos, incentivando-os a agir dentro dos limites legais e em benefício da coletividade.
A Ação Popular pode resultar em um fortalecimento do controle social, permitindo que a sociedade exerça vigilância constante sobre a administração pública. Através desse mecanismo, cidadãos contribuem diretamente para a proteção dos bens públicos, sem depender exclusivamente das instituições de fiscalização tradicionais, como o Ministério Público ou Tribunais de Contas. Isso reforça o caráter democrático e participativo da gestão pública, além de incentivar a responsabilidade e a ética nos atos administrativos.
A importância da Ação Popular da proteção do patrimônio público
A Ação Popular é um importante instrumento para proteger o patrimônio público, permitindo que qualquer cidadão questione atos prejudiciais à coletividade. O advogado Bruno Garcia Redondo reforça que ela garante transparência, controle social e responsabilização dos gestores, assegurando o uso justo e eficiente dos recursos públicos. Assim, a Ação Popular fortalece a cidadania ativa, o Estado de Direito e protege os interesses da sociedade como um todo.
Autor: Alexei Kuznetsov
Fonte: Assessoria de Comunicação da Saftec Digital