Dengue sob controle: a luta da saúde pública para eliminar o mosquito e proteger a população, por Nathalia Belletato

By Max Dias Lemos 7 Min Read
Nathalia Belletato

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se espalha principalmente em áreas tropicais e subtropicais. Segundo Nathalia Belletato, enfermeira pós-graduada em saúde pública, no Brasil, os surtos de dengue são frequentes, e a resposta do sistema de saúde pública envolve diversas ações preventivas e curativas para controlar a propagação do vírus e proteger a população. Com o aumento da incidência de casos, as autoridades sanitárias têm trabalhado para melhorar as estratégias de controle, além de investir em campanhas educativas e ações de erradicação do mosquito transmissor.

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O que é feito para identificar e monitorar os surtos de dengue?

A primeira medida importante no combate à dengue é a vigilância epidemiológica. Através dessa prática, os casos suspeitos e confirmados de dengue são rapidamente identificados. As unidades de saúde realizam a notificação de casos ao sistema nacional de saúde, permitindo um monitoramento contínuo. Além disso, como elucida Nathalia Belletato, equipes de saúde fazem visitas periódicas a locais com alta incidência da doença, como comunidades e áreas rurais, para monitorar novos surtos e acompanhar a evolução dos casos.

A vigilância entomológica também é crucial nesse processo, pois permite a identificação de focos do mosquito transmissor. Com a ajuda de armadilhas e inspeções nos locais, é possível monitorar as populações de Aedes aegypti e adotar medidas específicas. Isso inclui ações de fumos e aplicação de inseticidas em áreas de risco para eliminar o mosquito em diferentes estágios de seu ciclo de vida.

Quais são as principais campanhas educativas para combater a dengue?

A conscientização da população é uma das estratégias mais importantes na luta contra a dengue. A saúde pública investe em campanhas educativas que ensinam a comunidade sobre como eliminar os focos do mosquito em seus lares e ambientes urbanos. Informações sobre a importância de evitar o acúmulo de água parada são frequentemente disseminadas por meio de panfletos, programas de rádio, TV e redes sociais. Essas campanhas enfatizam como pequenos cuidados diários podem reduzir a proliferação do mosquito.

No mais, conforme aponta Nathalia Belletato, as campanhas também destacam a necessidade de procurar ajuda médica ao surgirem sintomas de dengue. Isso inclui febre alta, dor atrás dos olhos, dor muscular e náuseas. A comunicação eficaz tem sido uma ferramenta vital para reduzir os casos graves de dengue e evitar complicações como a dengue hemorrágica, que pode ser fatal.

Como as autoridades realizam a eliminação do mosquito transmissor?

A eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti é fundamental no controle da dengue. Ações como a aplicação de larvicidas e inseticidas nas áreas de risco são realizadas para exterminar os ovos, larvas e mosquitos adultos. De acordo com Nathalia Belletato, essa estratégia é aplicada em locais de alta incidência da doença, com apoio de agentes de saúde comunitários e equipes de controle de endemias. 

O foco principal das ações de controle está em locais como depósitos de água, pneus velhos, caixas d’água mal tampadas e recipientes esquecidos. A educação sobre como vedar adequadamente esses objetos também faz parte do processo. Para ser eficaz, essas intervenções devem ser contínuas e acompanhadas de monitoramento regular, já que o mosquito pode se reproduzir rapidamente em ambientes propícios.

Qual o papel dos profissionais de saúde no combate à dengue?

Os profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros e agentes comunitários, desempenham um papel essencial no combate à dengue. Eles não apenas diagnosticam e tratam os casos da doença, mas também atuam na orientação e conscientização dos pacientes sobre a importância da prevenção. Em áreas com surtos, equipes de saúde visitam as famílias para explicar como evitar focos do mosquito, além de esclarecer as formas de reconhecimento precoce da dengue.

Como destaca a enfermeira Nathalia Belletato, pós-graduada em saúde pública, o tratamento rápido é fundamental para evitar complicações graves. O apoio dos profissionais de saúde também se estende a outras áreas, como a organização de campanhas de vacinação contra a febre amarela, uma doença transmitida por mosquitos, que compartilham o mesmo vetor. Essa abordagem integrada é crucial para minimizar os impactos de doenças transmitidas por vetores.

Como as novas tecnologias estão ajudando no combate à dengue?

As novas tecnologias têm se mostrado grandes aliadas no controle da dengue. O uso de drones e imagens de satélite tem permitido que as autoridades identifiquem áreas com risco elevado de infestação do mosquito de maneira mais eficiente. Esses dispositivos conseguem mapear regiões com foco de acúmulo de água e alertar os responsáveis pela eliminação de criadouros. Adicionalmente, o monitoramento remoto de dados epidemiológicos facilita a alocação de recursos para áreas que precisam de atenção urgente.

Outro avanço importante está no desenvolvimento de métodos biológicos para controlar o mosquito transmissor. Cientistas têm pesquisado alternativas como a liberação de mosquitos geneticamente modificados que não se reproduzem ou que produzem descendentes incapazes de transmitir o vírus. Conforme observa Nathalia Belletato, embora essas tecnologias ainda estejam em fase experimental, elas podem trazer resultados promissores no futuro próximo, revolucionando a maneira como o combate à dengue é realizado.

A importância do esforço conjunto no combate à dengue

Pode-se concluir que o combate à dengue exige um esforço conjunto entre o governo, os profissionais de saúde e a comunidade. A prevenção, a educação, o monitoramento constante e o controle do mosquito transmissor são medidas essenciais para reduzir os surtos da doença e proteger a saúde da população. O trabalho contínuo das autoridades de saúde pública e o uso de novas tecnologias são fundamentais para enfrentar os desafios impostos pela dengue. 

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